quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O desgosto do ano e as novas esperanças, ou seja, como alguns pobres diabos não atingiram os seus objetivos...




Chegou ao fim, em 30 de Junho deste ano e 2013, quase há 6 meses, a minha vida profissional  em Avis (que havia iniciado em Fevereiro de 2011). Cerca de mês e meio antes, no "facebook", anunciei essa intenção,
O então suspender, em 2012 , das aprovações, "sine die", de financiamentos comunitários a projetos de trabalho social e de formação, sem data, da autoria do inenarrável Governo, tornaram intolerável, para mim, um "limbo laboral" de quase 14 meses.
Agradeço o apoio que tive, nesses anos, por parte  os avisenses que em mim acreditaram.

Depois, vieram os desgostos.
Dois incidentes, em que, como promotor de formação, fui BURLADO por duas entidades formadoras, tornaram, durante o mês de Junho, a minha vida em Avis intolerável e insuportável, pois mesmo os meus amigos (ou que o pensava serem) não tiveram dúvidas em me assacar culpas, por ignorância, má fé ou manipulação, de algo onde o principal prejudicado fui eu. Esqueceram os principais culpados : as ditas empresas de formação, independentemente de terem ou não mudado de nomes e donos.
Alguns, pobres diabos, nem tiveram dúvidas em recorrer a coação física, ameaças telefónicas, e, em Setembro, recorrendo a "capangas" (os cobardes nunca dão a cara), me extorquirem 400 € sob ameaça. O assunto será em breve tratado em sede própria (e mais não devo dizer), por conta dos supostos prejuízos causados.
Esquecem o fundamental. Tenho consciência do que ajudei a realizar : 6 600 horas de formação para desempregados e activos, com 75 formandos diferentes; o nascer de uma procura deste tipo formação/conhecimentos que não vi em mais algum lado; o "abrir da porta" de uma Instituição que nunca o tinha feito; o nascimento de uma Universidade Sénior ( entretanto parece que encerrou), o acolher da Associação Juvenil Sombra Partilhada em espaços de minha responsabilidade...
Tenho consciência dos "anti-corpos" que criei : as "beatas" nem me podiam ver; os poderes políticos locais passaram da paixão inicial a um não assumido, mas visível, alheamento, num "tirar do tapete" muito "soft", mas evidente...
Deixei Avis triste. Mas pertence ao passado.

Porque sou um "resistente", vou continuar a apostar no desenvolvimento  do interior (estive em Setembro e Outubro em Ferreira do Alentejo) nos locais difíceis , ou junto de quem trabalha com públicos difíceis (como aconteceu em Novembro e até há dias, em Faro). Daqui a dias, lá vou para outro local, muito mais a Norte.  Ao contrário dos pobres diabos, sempre servis aos poderes e a quem financia, terei sempre um novo projecto pessoal e profissional, mesmo aos 56 anos. Pablo Neruda disse "Confesso que vivi". Assino por baixo, mas conjugo o verbo no presente..

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