Não, o título não é uma ironia, nem remete para nenhum dos muitos textos, de algum dos "serviçais" do "sindicato de voto" que, em nome de um certo PS e de Artur Melo, Jaime Teixeira e uma das tais famílias que um xenófobo denominava como tendo 4 gerações (nascidos? residentes? activos?de "esquerda"?) no Marco e outros criaram, onde o dito Jaime, como "amanuense" de serviço, no seu decrépito (quem o viu e quem o vê...) blog Marco Hoje , se dedica a escrever, sobre mim, quase sempre sem me nomear, criticas e juízos, como quem se vê ao espelho e reporta uma triste vida, (essa sim), só "redimida" numa colagem a Artur Melo, que tão mal servem. Enfim, estas sim, a de Jaime Teixeira, tristes vidas, que só nesta sua tardia idade reconhecem convicções de socialista do PS. De facto, tristes vidas, daqueles que não podem mudar, porque nunca estiveram em lado nenhum, nem matriz de vida parecem ter (aliás, o dito Jaime odeia o termo "matriz", como disse e escreveu, mormente quando se chama "ideológica", porque só vê interesses e segundas intenções em tudo; enfim, o seu espelho).
Mas deixemos estes resquícios de Estado Novo a quem os alimenta, pois a clarificação está por dias. Vamos a coisas mais profundas, que essas "tristes vidas" não abarcam. A não ser quando lhes servem os interesse operacionais.
Vou ao que interessa, ao que, de facto, marca a vida e significa afectos duradouros, partilhas de vida, cumplicidades, educação para a Vida, que, essas sim, mudam a "vida" de cada um e, logo, o Mundo.
Tenho uma sobrinha, com 8 anos, chamada Sara, que, desde que nasceu, passa o Natal, a Páscoa, algum tempo de férias, na minha Casa. Que, é verdade, já foi em Beja, em Estremoz e agora é (e para desgosto de alguns, será) no Marco . Fico feliz por lhe proporcionar essa riqueza de vivenciais territorializadas, que ela aprecia, sempre, com intensidade.
Ontem, a Sara resolveu que tinha de me ler histórias para eu adormecer.
Leu-me 3 histórias ("O Coelho Branco", "Os 3 porquinhos", "Harry e o balde dos dinossauros").
E eu adormeci.
Confesso que há 45 anos que ninguém me fazia tal.
Significa que o afecto se manifesta, na forma em que mais gostámos dele. Há 45 anos, quando a TV não existia para todos (como os meus Pais), a minha Mãe lia-me histórias. Há uns 23 anos, já havia TV, a minha filha pedia-me para eu lhe ler histórias e as "explicar", ou seja, dizer o que é que aquilo tinha a ver com o nosso comportamento.
Ontem, a Sara, minha sobrinha, leu-me histórias "à antiga" : com o simples intuito de me tranquilizar, porque , do "alto" da sabedoria dos seus 8 anos, julga que é disso que eu preciso, talvez por causa da vida "rica" (ou será "triste", como diz o tal Jaime ?) que tenho de viver.
Por isso devia haver uma "Sara" na vida de cada um.
Para, pelo menos, nos repor no essencial das relações entre os seres humanos: o afecto que reconforta e alimenta e não é estéril, porque leva uma mensagem de vida.
Mas esse é um privilégio que eu tenho.
E a Sara deve ter lido no Coelhinho Branco: "Aqui vai a formiga rabiga, que te salta em cima e fura a barriga!" e como eu te pedia ha 23 anos atrás, tu dirias: moral da história, filhota, mesmo quando nos sentimos os mais insignificantes dos seres na terra, não devemos perder a coragem para enfrentar o mundo. Sabemos que temos uma força interior, Essa nunca nos abandona"... beijinhos da keinha
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