terça-feira, 5 de julho de 2011

Não basta querer ser "Nobre"...




Não me move simpatia especial pelo cidadão Fernando Nobre; sei que faz excelente trabalho na promoção dos cuidados de saúde, junto de quem no Mundo dos pobres, não os tem, e o faz bem.
Fernando Nobre, infelizmente para ele e para a ONG que fundou, foi vítima de uma "atracção fatal" pelo Poder, mesmo se com "boas intensões", talvez, ou seja, pensando que poderia trazer, ao mundo da política nacional, o voluntarismo do trabalho (sublinho) supostamente benévolo.
Não só tomou as atitudes erradas nos tempos ainda mais errados, como permtiu que algumas situações,mesmo que teórica e técnicamente defensáveis, como ter inúmeros familiares com cargos na AMI, lançassem a suspeição sobre o carácter meramente "benévolo" dessa entidade. Que, logo, "et pour cause", se desacreditou.
Partilho das críticas ao um desastrado Nobre, que se "pôs a geito" para ser, em definitivo, políticamente neutralizado. Talvez fosse isso que alguns pretendessem...


Contudo, reconheço-lhe a coragem de ter ido á luta. No hipócrita e servilista Mundo das denominadas IPSS, geralmente, como faz o amigo de Manuel Moreira (Presidente da Câmara do Marco), o Padre Maia, Presidente da CNIS, fica-se pela "pedinchisse", pela "chapelada" aos governantes, pelo tráfico de favores com Autarcas, pelo querer ter lucros dizendo-se que não os tem, pelo ser voluntário, mas ter principescos "benefícios "em espécie" (veja-se, também, o Padre Melícias, com voto de pobreza, enquanto franciscano, mas que nunca recusou os previlégio de Administrador do Montepio). Ou seja, andar no "champanhe, caviar, croquete e rissol", fazendo um enfastiado e falso esgar de sacrifício e murmurando inúmeros falsos actos de contrição...
Estes não têm, como dizem os alentejanos, "túbaros" para ir a votos na vida política nacional.
Pelo menos Nobre foi, desastradamente, sem geito, de forma menos digna.


Mas foi.
Correu-lhe mal...

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