quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Morrer longe de casa...


Mais mortes de trabalhadores deste Conceho, no estrangeiro.

De acordo com várias fontes, só no Concelho do Marco existirão cerca de 8 mil pessoas a trabalhar, legal ou ilegalmente, no estrangeiro.

Isto significa algo que foi escrito e dito (até por mim), mesmo fora do contexto eleitoral : o Tâmega está refém de um modelo de emprego, já esgotado, ligado às falidas têxteis, aos "malheiros", à construção, ou seja, mão-de-obra sem qualificações e indiferenciada.

O combate a esta situação implica, entre outras medidas, o fim da "selva" da Formação Profissional, onde se continuam a defender (e financiar) "formações" que nada têm a ver com os novos "clusters" locais (Termalismo, Turismo, Indústria Automóvel, Economia Social, entre outros). E um Poder Local que saiba afirmar essas opções, sentando os parceiros "à mesa".

Senão, teremos, quase semanalmente, estas notícias : em Espanha, França, Luxemburgo, Argélia, ou em outro local, um conterrâneo nosso morre longe dos seus, porque "ousou" procurar um modo de vida fora da sua terra.

Quiçá, se as forças vivas locais de consorciassem, de forma activa, seria possível que não tivessem saído da sua terra, para ganhar a vida.

Mas isso significava uma nova política de desenvolvimento local.

Manuel Moreira, Presidente de Câmara reeleito, pode, neste início de mandato, com o seu Presidente da Assembleia Municipal , António Coutinho (que deu bons exemplos com projectos tipo "Escola Feliz" e com a intervenção na questão da Linha do Douro), pode começar a estruturar, com as forças vivas locais, intervenções, no mínimo, paliativas destes dramas. Acredito que a Assembleia Municipal poderá protagonizar ou animar iniciativas ligadas a tal, por ser um problema estruturante.

É que, não tendo nascido no Marco, mas sentindo-me Marcoense, gosto de ver o nome da minha terra (de opção) , escrito nos jornais.

Mas, por favor, por bons motivos.


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