sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Prostituição política em Estremoz


Vivi 3 anos em Estremoz e, confesso, não me dei bem.

Tive uma péssima experiência política, no BE, onde "paguei a factura" de ter roubado á CDU os votos que deram a vitória ao PS), e uma ainda pior experiência empresarial, fruto de agentes locais (públicos e privados) sem escrúpulos e maus pagadores.

Não posso dizer que tenha sido, lá, feliz. Mas fiquei com amigos. E, algumas pessoas à parte, é uma cidade lindíssima.

Por isso, frequento as sua páginas e blogs, na net.

Li, há pouco, um comunicado do PS de Estremoz.
Transcrevo, por ser chocante :
"1. No dia 03 de Agosto de 2009, a cidadã Sílvia Dias assinou uma declaração de aceitação de candidatura à Câmara Municipal de Estremoz, integrando as listas do Partido Socialista.
2. -lo de livre e espontânea vontade e sem nenhum tipo de pressão.
3. Depois, em nome do PS, participou na feitura do programa eleitoral, nas actividades de campanha e nos debates públicos patrocinados pela Rádio Despertar Voz de Estremoz.
4. No jantar de apresentação pública dos candidatos do PS a cidadã Sílvia Dias, levou a sua família mais íntima e conviveu com todos os presentes.
5. Os estremocenses sabem que a cidadã Sílvia Dias se envolveu neste processo em nome do PS. Foi também em nome do PS que 2867 estremocenses votaram nela e nos candidatos do PS nas últimas eleições autárquicas.
6. Depois das eleições, a cidadã Sílvia Dias esteve presente em diversas reuniões com o PS e numa delas, em S. Lourenço, afirmou o seu amor ao Partido Socialista (sou do PS desde pequenina), jurou fidelidade ao projecto, comoveu-se perante os outros candidatos e terminou afirmando a sua determinação em assumir o lugar de vereadora da oposição.
7. Passados dois dias, perante alguns boatos que a davam como “muleta” ao serviço do MiETZ, a cidadã Sílvia Dias pediu uma reunião com responsáveis do Partido Socialista para, na presença da sua família, reafirmar a sua fidelidade ao PS e confessar que “se mudasse depois não seria capaz de encarar as pessoas”.
8. Posteriormente, na passada 2ª feira, dia 2 de Novembro, a cidadã Sílvia Dias eleita nas listas do PS, (não se sabe a troco de quê) foi apresentada publicamente como vereadora a soldo do MiETZ.
9. Com o seu gesto a cidadã Sílvia Dias desprezou o voto das 2867 pessoas que a elegeram e “viciou” o resultado das eleições, transformando a vitória do MiETZ numa maioria absoluta artificial.
10. A falta de carácter revelada por Sílvia Dias só encontra paralelo com o convite eticamente reprovável que o Presidente da Câmara lhe dirigiu. Depois de ter afirmado no discurso de posse que “não entraria em jogos políticos” o Presidente da Câmara prova, ao dirigir um convite a uma funcionária contratada da autarquia (Sílvia Dias) que não é digno do crédito dos estremocenses.
11. Ficámos todos a saber que cidadã Sílvia Dias não se importou de “vender” a sua posição e que o Presidente da Câmara ainda não perdeu o hábito de não olhar a meios para atingir os fins.
12. As atitudes da Sílvia Dias e de Luís Mourinha são um erro grosseiro, um gravíssimo atentado à democracia e um perigoso precedente na actividade política da autarquia. O Presidente da Câmara acha que pode “comprar” o voto da cidadã Sílvia Dias e esta achou-se no direito de alienar os votos de quem nela confiou, mas a Honra e a Dignidade da Pessoa Humana ninguém pode comprar
".

Ora bem, o que é que se passou :

Um antigo Presidente, eleito pela CDU, em mandato anterior, agora apresenta-se como independente, escorraçado do Partido que o apoiou antes e desde sempre (PCP), ganha as eleições e "seduz", politicamente, após o acto eleitoral, uma Vereadora eleita pelo PS, para falsear os resultados eleitorais e ter uma maioria absoluta que as urnas não lhe deram.

Repare-se : não faz uma aliança institucional ! "Rouba" um Vereador a outrem, mediante um acordo pessoal.

Enfim, nada de estranhar, num antigo Presidente que ia a "Bares de alterne" e pedia facturas, em nome da Câmara, como sendo de "jantares", para ser reembolsado. Ou que endossava cheques, passados a uma empresa municipal, para pagamento de despesas pessoais em empresas do Distrito de Évora.

Nós, aqui, tínhamos Ferreira Torres, mas corremos com ele. Dissemos-lhe, não, de vez.

Em Estremoz, infelizmente, o "bandido" local voltou, agora já não pelo PCP, que não o quis (e muito bem), mas feito independente.

Algures nas estradas rurais de Estremoz, os proprietários e chulos dos "Bares de Alterne" rejubilam !

Já agora, a dita Vereadora até pode reivindicar um lugar num desses bares. Mostrou que se sabe "prostituir". E que até já tem um "chulo" : o Presidente Mourinha...

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