quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Por vezes, temos a "morte na alma"...


"Morte na Alma" é um termo queirosiano, de " Os Maias", ou melhor, do ancião Maia.
O Velho Maia confessava que, perante a perda dos valores (no seu caso, familiares) em que acreditava, mais do que o corpo (que viveria enquanto fosse possível), era a alma, os valores e as suas causas, que morriam. Dizia ele, escrevendo a um amigo, "faço-o com a morte na Alma".
Hoje, escrevo, neste meu diário pessoal, com a "morte na Alma".
Porque, ideias com sucesso, noutros locais do País, feitas projectos de intervenção e com financiamento comunitário, são boas em todo lado, menos em Marco de Canaveses, e, por isso, quem decide sobre os financiamentos não os dá. Talvez porque existe uma Rede Social Local, no Marco, a quem se pede um parecer e 5 meses depois ele não é dado, talvez porque a ousadia de tentar organizar instituições da sociedade civil local, em torno de projectos, SEM DAR O PRIMADO AO PRESIDENTE DA CÂMARA, era "muito à frente" para quem tem os diferentes poderes, o que facilita dúvidas, suspeições e "traições", mesmo de parceiros próximos, a troco de "feijões".
Fartei-me. Estou há muitos anos no mundo do desenvolvimento social; não estou habituado a determinados procedimentos e como tal, retiro-me.
Retiro-me, só, deste combate profissional. Com 53 anos, uma pausa é interessante
Mas não saio do Marco. AQUI TENHO UM COMBATE CIDADÃO. Que vou travar, até ao fim.

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