quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Silêncio e tanta gente...
Eis uma velha canção, "SILÊNCIO E TANTA GENTE", presente, salvo erro, no "Festival da Canção" de 1984, por Maria Guinot, que se acompanhou com um num magnífico solo de piano (vou tentar deixar o "Link" para audio/video).
Sempre gostei do poema, da postura da (meteórica) cantora, que encontrei, depois, em ambientes partidários, indecorosamente explorada por um Partido onde nem militava e onde nem um piano lhe conseguiam arranjar, para cantar e "dar o seu contributo", que nunca, refiro, negou (mesmo numa campanha eleitoral onde eu participei), mas assumia de forma digna.
Mas a dignidade (insisto, repetitivamente, no termo) da pessoa da interprete e do poema, são um registo de qualidade.
E onde, hoje, me revejo, num momento de (re)ordenamamento de sentimentos e afectos.
Onde o silêncio faz falta, no meio de tanta gente.
"Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou
Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão
Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão "
E deixo mais este registo intimista, porque, repito, um blog é um diário pessoal, que aceitamos partilhar.
Vesão video , da canção, em : http://videos.sapo.pt/vJVwh1AdzIBaLBm2nEl7
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